Olha o que ele mesmo disse:
Oi pessoas do Gudds!,
estou encaminhando uma coletânea de fotos chamadas Varones, nas próprias palavras deles são fotos que mostram "vintage antique affectionate male men couple". Deem uma olhada, é bem interessante. Não tem nada de mais, mas algumas são realmente bonitas. Achei que seria especialmente interessante pra um trabalho da representação de homoerotismo nas artes.
Segue em Fotolog e em Flickr pra quem quiser conferir:
http://www.fotolog.
Dê uma passada lá, vale a pena! Veja abaixo algumas fotos retiradas do Flickr, só como aperitivo:
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Varones!: vintage antique affectionate male men couple
Prisão e pena de morte para gays em Uganda
O parlamento da Uganda está se preparando para passar uma nova lei brutal, que punirá gays com sentenças de prisão e até pena de morte.
Críticas internacionais levaram o presidente a pedir uma revisão da lei, mas após forte lobby por extremistas, a lei parece estar pronta para votação -- ameaçando gerar perseguição e derramamento de sangue.
Oposição à lei está crescendo, inclusive da Igreja Anglicana. O ativista de direitos gays na Uganda, Frank Mugisha, diz que "Esta lei nos colocará em grande perigo. Por favor, assine a petição e diga a outros para se juntarem a nós. Caso haja uma grande resposta global, nosso governo verá que a Uganda será isolada no cenário internacional, e não passará a lei".
A lei propões prisão perpétua para qualquer um acusado de ter uma relação com alguém do mesmo sexo, e pena de morte para quem cometer esse "crime" mais de uma vez. ONGs que trabalham para impedir maior contaminação por HIV podem ser condenadas a até 7 anos de prisão por "promover homossexualidade". Outras pessoas podem ser condenadas a até 3 anos de prisão por deixarem de avisar as autoridades da existência de atividades homossexuais dentro de 24 horas!
Quem apoia o projeto de lei diz defender a cultura nacional, mas uma das maiores oposições vem de dentr do próprio país. O Reverendo Canon Gideon Byamugisha é um dos muitos que nos escreveram - ele disse que essa lei:
"Está violando a nossa cultura, tradição e valores religiosos que não apoiam intolerância, injustiça, ódio e violência. Nós precisamos de leis para proteger as pessoas, não para perseguí-las, humilhá-las, ridicularizá-las e matá-las em massa."
Ao rejeitar essa perigosa lei e apoiar a oposição nós podemos ajudar a criar um precedente crucial. Vamos ajudar a criar um apoio em massa aos defensores de direitos humanos na Uganda, e salvar a vida de muitos ao impedir que essa lei passe!
SOBRE A AVAAZ
Avaaz.org é uma organização independente sem fins lucrativos que visa garantir a representação dos valores da sociedade civil global na política internacional em questões que vão desde o aquecimento global até a guerra no Iraque e direitos humanos. Avaaz não recebe dinheiro de governos ou empresas e é composta por uma equipe global sediada em Londres, Nova York, Paris, Washington DC, Genebra e Rio de Janeiro. Avaaz significa "voz" em várias línguas européias e asiáticas. Para entrar em contato com a Avaaz, escreva para info@avaaz.org. Você pode nos telefonar nos números +1-888-922-8229 (EUA) ou +55 21 2509 0368 (Brasil).
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
100 anos do 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Big Brother Brasil todo trabalhado nas polêmicas II
Advocate.com também lamenta. Hahahahahaha.
Outro link aqui. Da tentativa de internacionalização da questão.
E outro link do Advocate (antes do paredão).
*Quero deixar claro que eu gosto mais do movimento feminista do que eu gosto de mim.
**Eu fiquei sabendo dessa tentativa derepercussão internacional graças à Tata.
Big Brother Brasil todo trabalhado nas polêmicas I
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Semana Cultural Igor Xavier 2010 quase não acontece
De acordo com carta aberta enviada por Marlene Xavier, mãe de Igor e presidente da entidade, tudo se deu porque a Secretaria de Cultura de Montes Claros não quis que o evento acontecesse no Centro Cultural de Montes Claros, espaço que sempre abrigou a Semana desde 2005.
Leia abaixo a carta e repasse - só para lembrar, Igor Xavier era ator, bailarino e coreógrafo, tendo sido assassinado em 1º de março de 2002. Os assassinos fugiram para Belo Horizonte e até hoje estão impunes, mesmo sendo réus confessos.
A SEMANA CULTURAL IGOR XAVIER, evento já consolidado no cenário artístico/cultural de Montes Claros, já em sua 6ª edição e hoje contando com o apoio do Banco do Nordeste pelo programa BNB DE CULTURA, esteve em vias de não ser realizado por falta de espaço físico com estrutura para eventos de tal porte. Felizmente o SESC-Montes Claros abriu suas portas e nos acolheu. O SESC possui instalações perfeitas, organização, beleza e direção que prima pela responsabilidade; além de tudo isso, tem o perfil da nossa Semana de cultura.
Desde 2005 a SEMANA CULTURAL vem sendo realizada no Centro Cultural de Montes Claros sempre na mesma data (08 a 15 de março) pois além de oferecer espetáculos de qualidade a toda a população, ainda ministra oficinas na área cultural e social, uma vez que nesse período almeja-se homenagear o artista montesclarense Igor Xavier, assassinado em março de 2002 e que tinha o seu aniversário de vida no dia 15 de março.
O evento tem crescido a cada ano, trazendo artistas dos quatro cantos do país e estes por sua vez levam a nossa cultura aos seus estados de origem num maravilhoso intercâmbio cultural, valorizando infinitamente “nossa arte e nossa gente”.
Infelizmente, neste ano, (2010) a Secretaria de Cultura de Montes Claros optou por não ter a Semana de Cultura Igor Xavier acontecendo nas dependências da galeria Godofredo Guedes e do auditório Cândido Canela.
Em 23 de outubro de 2009 encaminhamos ofício de solicitação dos espaços do Centro Cultural Hermes de Paula em três vias endereçados respectivamente ao Secretário Municipal de Cultura Sr. Ildeu Braúna, ao Secretário Adjunto de Cultura Sr. Lipa Xavier e à diretora do Centro Cultural Sra. Rita Maluf.
Como não fomos merecedores de nenhum tipo de resposta, apesar da nossa insistência, procuramos os responsáveis que nos disseram estar o teatro em reforma e que ficando pronto seria utilizado para outro evento.
Entendemos que cultura não é prioridade da atual administração. Para esse tipo de governo o povo só precisa de “PÃO E CIRCO”.
Lamentamos profundamente que nossa querida Montes Claros que luta desesperadamente para se projetar no cenário cultural, pelo menos nacional, tenha voltado ao coronelismo.
Marlene Xavier
Mãe de Igor Xavier e presidente da Associação Sociocultural “Igor Vive”
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Beyoncé, a ala Vip e o racismo institucional
Beyoncé, a ala Vip e o racismo institucional
Por Jocélio Teles
Provocado pela mídia me desloquei com um amigo para o show de Beyoncé no Parque de Exposições. Havíamos comprado ingressos para a pista Vip, área restrita a quem pagasse R$ 370. Enquanto assistíamos ao show de Ivete Sangalo veio um exemplo de racismo institucional. Uma guarnição da Polícia Militar abruptamente abordou o meu amigo, circundando-
Ao me aproximar para saber o que estava acontecendo, os soldados me afastaram. A resposta do corpo policial traduziu força e ameaça, mesmo que implícita, sem nenhum texto, a não ser o gestual, e demonstrou que não há verbo capaz de estabelecer um diálogo entre sujeitos que detém e os que devem ser alijados de alguma relação com aqueles que personificam o poder.
O meu amigo estupefato não reagiu. Foi levado para um canto da pista VIP, próximo aos holofotes e humilhado pela revista policial, como se estivesse cometido um delito. Por fim, após a crueldade de todo o rito da PM, ouviu a seguinte frase: “houve um roubo aqui na área VIP e soube que a pessoa era do seu estilo”. Qual estilo, cara pálida? Respondo: o da cor/raça. Meu amigo é negro retinto.
A área VIP era formada majoritariamente por indivíduos de classe média e branca. Se comparada com a área de pista mais barata, ali havia uma proteção policial considerável, mesmo sendo uma área reservada e sem grande fluxo de pessoas. A lógica da distribuição policial em espaços de eventos elitizados parece obedecer a critérios. Quais? Procuremos os sentidos implícitos, já manifestos na distribuição desigual da PM na cidade do Salvador.
Diante desse fato de racismo explícito, o que dizer dos olhares das pessoas diante de tal brutalidade? Ao ver um negro sendo levado por policiais, mesmo ele estando na área VIP, algo que indica um diferencial em termos de classe, um sentimento de proteção emana das cabeças ali situadas.
A naturalização do racismo – uma pessoa negra sempre é suspeita – associa-se aos que imaginam estarem sempre sendo protegidos pela corporação militar. Exemplos como esse abundam no País. O diferencial é que foi na ala VIP de um show. Lembro-me que no debate sobre as cotas raciais nas universidades os que eram contrários insistiam em dizer que no Brasil era difícil definir quem é negro. A resposta dos ativistas atualizou-se na área VIP para ver Beyoncé: “pergunte a polícia. Ela saberá”.
Jocélio Teles é doutor em antropologia e coordenador do Programa de Pós Graduação em Estudos Étnicos e Africanos da Ufba (Pós Afro)
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Exposição fotográfica Visibilés - Lésbicas de Olho nos 50 anos da Capital!
Tem uma câmera aí, amiga?
Compartilhado pela Mariana Septímio, que garante: "Conheço de perto a Coturno de Vênus, com toda certeza é um trabalho sério".
Gostou? Então 'bora ler o edital direitinho! A abertura da mostra será no dia 17 de abril:
olá a todas ,
Para iniciarmos nossas atividades de 2010, preparamos a 1ª Visibilés.
Serão diversas exposições fotográficas, mostrando nossa visão a respeito do aniversário de Brasília: O que nós Lésbicas estamos vendo e vivenciando no nosso dia a dia que a mídia não mostra?
Queremos ser vistas e ouvidas em nossas ações. Mais possibilidades devem nos ser possiveis.
Não vendaremos nossos olhos, não nos venderemos por festas e distribuições de dinheiro.
Reaja ou serás devorada pelo sistema.
Envie suas fotos até 29/03/2010, regulamento e ficha de inscrição no site http://coturnodeven
Diretoria Colegiada
Associação Lésbica Feminista de Brasília Coturno de Vênus
55 61 8194.7491 ou 3381.2229
cx postal 3546 . 700089-970
Brasília - DF. Brasil
www.coturnodevenus.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Stonewall, por Mary W: BBB, preconceito e heterofobia
Bom, sem mais delongas, compartilhamos com vocês texto enviado para a lista de discussão por Erika Pretes, que, por sua vez, o reproduziu daqui.
Stonewall
A questão do Dourado não é quem ele é. Isso é um problema dele e a gente sente que o cara tenta ser reflexivo e se arrepende da arrogância etc. A questão, pra mim, foi a rápida identificação de uma parcela do público com ele. Sem que ele tenha feito nada pra merecer, na primeira semana de programa todo mundo já estava torcendo pelo cara. Como o script da Globo nesse caso foi óbvio, a gente imagina o porquê da identificação. Ele entrou na casa por conta do comportamento homofóbico apresentado no BBB4. E a produção deve ter achado que seria interessante tê-lo como ingrediente e tal. O caso é que o público rapidamente o colocou como porta-voz. Como se tanta gayzice precisasse mesmo de um combatente etc. A reação foi histérica. Um tanto ridícula. No forinho, um amigo disse que as mulheres estavam úmidas e que devia ser isso. Eu pensei que vivemos na sociedade do espetáculo e que as subcelebridades tem um status enorme e mobilizam uma parcela significativa da população. Teoria da cauda longa aplicada, vemos ex-bbbs que ainda possuem fã-clube, comediantes de 5a categoria nos trending topics e atriz pornô convertida com vídeo hypado no youtube. Estou dizendo isso porque dei esse desconto. Tentei. Mas não dá. Tem coisas que vão além. A discussão sobre homofobia, então, ganhou o contorno mais preconceituoso do mundo. Quando dizem que deveria existir uma camiseta 100% branco. Mesma lógica. Começaram a dizer que o Dourado era vítima de heterofobia. Olha. Essa palavra é tão cruel que eu queria passar o programa todo sem tocar nela. É preciso que alguém seja um autêntico canalha para usá-la. É preciso que a pessoa nunca tenha lido uma droga de um livro de sociologia ou filosofia. É preciso que o significado do conceito de relativização seja completamente ignorado. Não existe heterofobia porque nós vivemos num mundo heterocentrado. Todos os valores e fundamentos tentam reforçar, pra todos nós, a sacralidade do casal heterossexual. Não existe vida fora da heterossexualidade. Um hetero não corre o risco de perder o emprego por conta de orientação. Um hetero não tem que esconder desejos, sentimentos e relacionamentos. Não existe um ambiente hostil para a heterossexualidade. Não existe a zombaria e os olhares. As piadas e insinuações. Quando uma colega sua é zoada na base do será que ela é? a resposta vem rápida "tá me estranhando", "deus me livre", "credo". Quantos "credo" um gay escuta por dia em referência à orientação sexual? "Que desperdício fulana ser lésbica". Quando eu vi que a Globo ia colocar a questão no BBB, sabia que ia dar merda. A emissora não sabe lidar com a questão e o programa é francamente emocional. Dourado perdeu voto hoje? De jeito nenhum. Ganhou voto hoje. Ele falou o que tá entalado na garganta de todo mundo: nós não temos moral. Imagina uma drag dar em cima de um macho? Falta de moral. Isso, my friend, é ambiente hostil. E nós não somos apenas gays. Nós estamos dentro de um movimento. Fazemos parte de uma luta. Uma das etapas fundamentais da nossa luta foi a construção da nossa subcultura. Não há lugar pra gente no mundo. Fomos construindo um lugar. Vida fora da heterossexualidade. E não construímos um gueto. Montamos um imaginário poderoso que é um pilar na desconstrução do preconceito. A rua Augusta está aí. Lady Gaga está aí. As performances do estão aí. Toda a arte Serginhohomoerótica está aí. As drags queens estão aí pedindo passagem. Oscar Wilde é um símbolo. Shena e The L Word também. The Week e a A Lôca. Tem como ser gay e não dar pinta? Opa. Mas não tem como ser gay e não participar dessa subcultura. O S, do GLS, vem das pessoas heteros que curtem essa subcultura. No programa da TV, o Dourado se mostrou extremamente INCOMODADO com essa subcultura. Com todas as referências. Ele senta, durante as festas, quando toca "música de viado". Homofobia não é apenas atacar gay. É preciso ser um completo tapado pra não perceber as camadas do preconceito e quando ele é sutil. Como o Dourado não bateu no Dicésar, ele não é homofóbico. Faça-me o favor. A negação da nossa subcultura é homofobia. Você não tem espaço no meu mundo e eu odeio o mundo que você construiu. Não tem por onde. Tudo relativo ao mundo GLS incomodou o cara. Mas ele é reflexivo. Não considero um vilão. Acho que vem bem no programa. Ele escuta, pondera etc. O problema, repito, não é ele. É quem torce por ele. Porque a intenção é clara. Baixar a viadagem do programa. E aí não podemos ficar calados. Queria ficar o BBB todo sem tocar nesse assunto. Nunca vou considerar que a cultura de massas dá conta disso. Eu já sabia que do BBB não sairia um mundo mais tolerante. Eu só não esperava que a intolerância fosse vir em forma de avalanche e, pior, covardemente mascarada. Ele pode ganhar 1,5 milhão? Pode. Pode ganhar 15 milhões. Milhares de homofóbicos estão por aí, enchendo o rabo de dinheiro. Não faz diferença para a nossa luta. Não somos maioria nem queremos ser. Vamos continuar fazendo o que sempre fizemos. Fortalecendo a nossa auto-estima através da nossa subcultura. Buscando visibilidade através das nossas paradas. Criando redes de proteção para aqueles que ficam desamparados por conta da discriminação. O que deve ficar claro, eu acho, é que nós já esperávamos. A cada conquista sentimos a reação conservadora. Entrar no BBB tem uma conotação de conquista. Então veio a reação. Mas que venha. Não é o primeiro ataque que sofremos. Não será o último. E nós não temos mais medo. Podem gritar bastante. Podem soltar foguetes. Nós somos gays. Nós estamos aqui. Acostumem-se com isso.
Tô pensando muito no Dicésar, sabe? Em como ele está se sentindo. Depois, na varanda, ele não falou diretamente no assunto. Falou que já passou por tanta coisa em boates e tal. Nossa. Como ele nao merecia isso em rede nacional. Essa reação de asco e nojo. Ser amado por ele se tornar um desvio de caráter. E ele que nem ama. Passar por isso por conta de uma piada. Ser agredido daquela forma. Chorei um monte por conta disso.