sábado, 19 de dezembro de 2009

Estudante cria site de direito para público GLS

Via lista de discussão Lista GLS, Robson Miranda compartilhou conosco essa notícia, publicada no jornal de bairro Jornal Novidade (n.6-2009/pg.04), que circula no bairro do Méier, no Rio de Janeiro:


"Vitor Matosso, 27 anos, carioca, criou um serviço voltado para levar ao público GLS (LGBT) o conhecimento dos seus direitos. Trata-se do GLS Legal, um site totalmente inovador no ramo jurídico. ' Não queremos ser plásticos, como os outros sistema', explica, apaontando o principal diferencial no GLS Legal. 'Aqui, procuramos oferecer não apenas o melhor serviço, mas, também, o melhor atendimento aos nossos clientes. O nosso objetivo principal é fazer com que o cliente fique com um sorriso de tranquilidade, alegria e satisfação', complementa.

A ideia surgiu com um advento de uma nova lei, que trouxe uma proteção maior às vítimas de violência sexual, principalmente quando do sexo masculino. Além disso, o Rio de Janeiro ter sido eleito o melhor destino gay do mundo e a própria parada LGBT de 2009 alavancaram o projeto com muito mais dinamismo.

O GLS Legal (www.glslegal.com.br) disponibiliza informações tanto para clientes e futuros clientes como para profissionais que têm interesse em se aprimorar neste segmento de mercado, muito promissor, segundo Matosso: ' omercado jurídico no Brasil está apenas começando a engatinhar quando o assunto é Direito Homoafetivo'.

Todavia, Matosso faz uma advertência para os profissionais interessados: ' É necessário oferecer um serviço diferenciado. No GLS Legal, por exemplo, nos baseamos nos princípios da discrição, do sigilo, do comppromisso, do respeito e da confiança no atendimento. esses não são diferenciais para este seguimento, e sim, requistos básicos, mínimos. Sem isso, você não será considerado um profissional e, sim, um aventureiro', conclui."

Governo de SP cria escola para jovens gays

Coordenados pelo GRUPO E-JOVEM, cursos valorizarão a Cultura LGBT

Foi assinado nessa quarta-feira, 16, convênio entre o Governo do Estado de São Paulo e o Grupo E-jovem de Adolescentes Gays, Lésbicas e Aliados para a criação da Escola Jovem LGBT, a primeira do gênero no país. O objetivo da escola é valorizar e difundir a Cultura LGBT, em cursos que serão abertos a jovens hetero, homo e bissexuais já a partir de 2010.

“A escola é um Ponto de Cultura. O fato de os cursos serem abertos a todos e não só a jovens gays é parte da nossa estratégia de combate à homofobia,” explica Deco Ribeiro, apontado diretor da Escola Jovem LGBT. “Preconceito é ignorância. Para vencer isso, precisamos levar nossa arte, nossa expressão e nosso discurso a quem não nos conhece. Se a valorização da cultura negra é estratégia do movimento negro, assim como de vários povos e regiões, por que não valorizar a cultura LGBT?”

Na sede da escola, em Campinas, meninos e meninas da própria cidade e das regiões de Sorocaba, Grande São Paulo e da Baixada Santista terão aulas de criação de zines, criação de revistas, criação literária, dança, música, TV, cinema, teatro e performance drag, sempre com foco no jeito de ser e agir das lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. O material produzido ao longo dos cursos, como CDs e DVDs, livros e revistas, peças de teatro e espetáculos de drag queens, circularão pelo estado e serão assistidos e distribuídos gratuitamente. Os jovens poderão concorrer ainda a bolsas de estudo.

“Pra quem está se descobrindo agora, é importante conhecer suas raízes,” afirma Chesller Moreira, presidente do Grupo E-jovem. “E mais importante ainda saber que é possível ser feliz sendo exatamente quem você é. O jovem ouve tanto por aí que ser gay é errado que ele fica sem referências positivas. Aqui ele vai poder descobrir que ser gay é legal, que ser travesti é legal, e que ele tem muito a oferecer à sociedade.”

Todo o projeto é financiado por um convênio firmado entre o Governo do Estado de São Paulo e o Ministério da Cultura, que tem por objetivo apoiar entidades que desenvolvem relevante papel na comunidade nas áreas de fomento, difusão, produção e formação cultural. O GRUPO E-JOVEM foi selecionado por meio de concurso público e foi a única entidade LGBT contemplada em SP.

As matrículas e inscrições para bolsas de estudo já estão abertas e as aulas devem começar em março de 2010. Os interessados devem escrever para escola@e-jovem.com ou ligar para os telefones (19) 3307-3764 / 9341-3764.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Campanha “NO H8” pelo casamento homoafetivo

Essa quem trouxe foi nosso Daniel Arruda, via lista de discussão do Gudds! - check it out:



"Acima está o vídeo de uma Campanha que está acontecendo nos Estados Unidos chamada “NO H8”, contra a decisão do Supremo Tribunal Americano que confirmou uma proibição do casamento gay na Califórnia, a tal "Proposta 8". O nome faz referência a tal proposta e falado rapidamente significa "sem ódio" (no hate).

No vídeo, muito bem feito por sinal, com uma mensagem simples e direta, participam Perez Hilton e Tila Tequila. As últimas celebridades que aderiram à Campanha, que tem como símbolo o escrito NO H8 no rosto e fita adesiva na boca, é o casal pop Ashlee Simpson e Pete Wentz.

site oficial da campanha...
http://www.noh8campaign.com/"

sábado, 5 de dezembro de 2009

Campanha irlandesa pelo casamento homoafetivo

É da Irlanda, terra acostumada com conflitos e berço do U2, que chega uma campanha super inteligente em defesa do casamento entre pessoas do mesmo sexo. O vídeo, que tem 1:45 e se chama "Sinead's Hand", consegue passar, em poucas palavras e imagens simples, o absurdo que é ter que pedir permissão a uma população inteira para se casar.
Confira aí essa dica do Thiago Coacci, via lista de discussão do Gudds!:



P.S.: Para quem não entende inglês, o homem pergunta a cada pessoa que encontra se pode "pedir a mão de Sinead em casamento", ao que todos respondem que "sim, claro, não há problema". Ao final, a mensagem no vídeo diz: "Como você se sentiria se tivesse que pedir a 4 milhões de pessoas permissão para se casar?" e logo depois, "Lésbicas e Gays têm acesso negado ao casamento civil na Irlanda".

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Curso sensibiliza profissionais da saúde para o atendimento à população LGBT em todo o Brasil

Muito legal! Via Coordenação Geral de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos - SEDH:

Em parceira com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, promove o dia 11 de dezembro, o curso de Vigilância de Violências e Acidentes, VIVA, voltado para aos profissionais de saúde de todo o País. As capacitações serão realizadas no Ministério da Saúde, em Brasília. O evento não é aberto ao público.

A Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais da SEDH, por meio do assessor Francisco George de Lima Beserra , atua para sensibilizar os participantes no que diz respeito aos direitos de LGBT, buscando difundir uma cultura de paz e de respeito.

Criado em 2006, o curso que atende profissionais de todas as regiões do Brasil, tem sido adotado para a coleta de informações sobre acidentes e violências doméstica e sexual, atendidos nos postos da rede. Além de discutir, as diferenças e nuances no atendimento da população LGBT.

Para George, é importante conscientizar os gestores e profissionais de saúde que atendem diariamente pessoas em situação de violência. “As sensibilizações visam apresentar os direitos humanos da população LGBT e também orientar os profissionais para o atendimento”, afirma.

Nesta edição a temática, está direcionada para os Componentes de Vigilância Contínua (Viva Sinan) e a Estruturação da Rede de Atendimento e Proteção às Pessoas em Situação e de Violência.

“As sensibilizações extremamente importantes já que estão direcionadas a gestores e profissionais de saúde que atendem diariamente um grande número de pessoas em situação de violência”, afirma George. Segundo ele, as sensibilizações têm por objetivo apresentar os direitos humanos da população LGBT e também passar informações úteis para que os profissionais as utilizem durante os atendimentos.

Um grande abraço a tod@s.


Equipe

Coordenação Geral de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT


Nosso Endereço:

Esplanada dos Ministérios Bloco T

Ed. Anexo II Ministério da Justiça – Sala T-05

CEP: 70064-900 Brasília/DF

Nossos Telefones e e-mail:

+ 55 (61) 2025-3081

+ 55 (61) 2025-3080

lgbt@sedh.gov.br

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Homofobia e Geisy Arruda

Dia desses, um dos colaboradores do Gudds!, o Leandro Hespanhol, mandou para a lista de discussões um texto de mau (péssimo) gosto, chamado "Pela dona da universidade" publicado em um jornal do Norte de Minas. O dito texto comentava, de forma machista e debochada, o acontecido à Geisy Arruda na Uniban e, ainda por cima, dizia que se ela sofreu o que sofreu, é porque ali só tem "boiola desbundado, porque só bichinha desprovida de traseiro, instrução e bom senso teria comportamento tão histérico diante de tamanha abundância." Pode uma coisa dessas? Ah, "seu" José Wilson Santos...!
Então, a nossa outra colaboradora, a Jane Badaró, resolveu colocar os pingos nos i's e não deixou barato: escreveu um super texto e remeteu, via e-mail, para o autor - veja a reprodução abaixo:

Olá,
Li seu texto no "O norte de minas" e fiquei pensando em algumas coisas. O senhor acusa de homossexuais as pessoas que chamaram a Geise Arruda de puta. Eu sou membro do GUDDS! (Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual) e na semana passada realizamos na Praça da Liberdade em Belo Horizonte uma manifestação em protesto ao ocorrido. Mulheres e homens vestiram saias e propomos um debate com as pessoas que estavam na praça. Participaram gays, lésbicas e heterossexuais. Gostaria de destacar que muitos homossexuais também estão indignados com o que aconteceu com a Geise Arruda, a violência sofrida, difamação e ódio, é sofrida por muitos homossexuais e bissexuais todos os dias em nosso país. Achei muito injusto da sua parte não reconhecer que quem xingou a Geise e a fez sentir tanto medo, foram homens e mulheres, independente da orientação sexual de cada um em particular.
O senhor pergunta em um trecho "até no sacrossanto espaço universitário, que deveria comportar todas as tendências (principalmente uma ‘tendençona’ daquela), pode pintar tamanha baixaria?", gostaria de responder-lhe que no laico espaço da universidade uma forte tendência é o surgimento de grupos LGBT formados por jovens estudantes, assim como o grupo do qual faço parte.
Em outro trecho o senhor afirma "quem deveria ter sido expulsa da universidade, na chincha, era aquela turma de frosôs. Depois, mandados com passagem só de ida pra tonga da mironga do cabuletê, pra fazerem curso de reciclagem em mulher.", parece que o senhor acredita que os homossexuais devem se tornar heterossexuais, mas eu pergunto, que intolerância é essa? Dizer a um homem que ele deve fazer sexo apenas com mulheres para mim é muito semelhante a dizer a uma mulher que ela deve usar roupas compridas para ir à faculdade. Falta o respeito a ambos, tanto o dele de se relacionar com outro homem, quanto o dela de usar a roupa que desejar.
Gostaria ainda de perguntar ao senhor se alguma vez pensou no caso da Geise ser lésbica, ela poderia estar usando aquele vestido não para homens e sim para que as mulheres a desejassem. Assim aquele "corpão de tirar o fôlego", " mulherão", aquela "abundância", como você se refere à ela, poderia não ter o mínimo interesse em passar no seu cafofo.
Independente da orientação sexual da Geise Arruda, a forma como você se refere a ela não é nada respeitosa, a trata como se ela fosse um objeto feito para o deleite de homens heretossexuais, ela é muito mais que uma mulher bonita, ela tem sentimentos e ficou com medo de ser estuprada por aquele bando enfurecido. Achei que faltou sensibilidade de sua parte.

E eis que o autor resolveu se manifestar também, respondendo à Jane... moço, valeu a atenção com o leitor, mas ó, não convenceu não, viu? Veja aí:

Oi, Jane. Sinceramente não censurei pessoas, apenas disse que execrar mulher bonita e boa é coisa de veado, que não gosta da fruta. Penso que quem não gosta da fruta não deve se sentir ofendido por conta disso. Não generalizei, não expandi aquele gesto idiota a todos os GLSs. Fico feliz pela atitude de vocês aí em Belô, porque é preciso coragem para opiniar e se manifestar publicamente sobre isso ou aquilo. As pessoas costumam ser extremamente intransigentes quando a oração não é rezada conforme sua cartilha. Abraço.

Moral da história? NÃO PODEMOS NOS CALAR JAMAIS! Parabéns pela iniciativa, Jane!

E por falar em mulheres...

... cá está um convite a todas e todos para os dias 11 e 12 de dezembro! Olha só (clique para ver maior):



O evento conta com a participação especialíssima de Sarah Vaz (a moça das sombrinhas lindas), com a oficina "Construção de Identidade Lésbica: Literatura, Moda, Artes e Cotidiano", que acontecerá no dia 12/12, às 9h.
Olha só a chamada:

IV MULHERES QUE PINTAM E BORDAM

A Associação Lésbica de Minas, fundada em 1997, tem por missão lutar contra toda forma de preconceito e discriminação à mulher e promover o empoderamento e a visibilidade lésbica.

Realizaremos no dia 11 e 12 de dezembro na Livraria Sobá, o IV Mulheres que Pintam e Bordam com o intuito de proporcionar um espaço de troca cultural e de formação para as mulheres, valorizando as expressões artístico-culturais de mulheres homoafetivas e aproximando-as das produções audio-visuais, literárias, artesanais, entre outras, de forma crítica em sintonia com o exercício da cidadania e o direito a diversidade cultural.

ONDE: Livraria Sobá: Rua Rio de Janeiro, 1278 – Centro/BH – MG