sábado, 19 de dezembro de 2009
Estudante cria site de direito para público GLS
Governo de SP cria escola para jovens gays
Coordenados pelo GRUPO E-JOVEM, cursos valorizarão a Cultura LGBT
Foi assinado nessa quarta-feira, 16, convênio entre o Governo do Estado de São Paulo e o Grupo E-jovem de Adolescentes Gays, Lésbicas e Aliados para a criação da Escola Jovem LGBT, a primeira do gênero no país. O objetivo da escola é valorizar e difundir a Cultura LGBT, em cursos que serão abertos a jovens hetero, homo e bissexuais já a partir de 2010.
“A escola é um Ponto de Cultura. O fato de os cursos serem abertos a todos e não só a jovens gays é parte da nossa estratégia de combate à homofobia,” explica Deco Ribeiro, apontado diretor da Escola Jovem LGBT. “Preconceito é ignorância. Para vencer isso, precisamos levar nossa arte, nossa expressão e nosso discurso a quem não nos conhece. Se a valorização da cultura negra é estratégia do movimento negro, assim como de vários povos e regiões, por que não valorizar a cultura LGBT?”
Na sede da escola, em Campinas, meninos e meninas da própria cidade e das regiões de Sorocaba, Grande São Paulo e da Baixada Santista terão aulas de criação de zines, criação de revistas, criação literária, dança, música, TV, cinema, teatro e performance drag, sempre com foco no jeito de ser e agir das lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. O material produzido ao longo dos cursos, como CDs e DVDs, livros e revistas, peças de teatro e espetáculos de drag queens, circularão pelo estado e serão assistidos e distribuídos gratuitamente. Os jovens poderão concorrer ainda a bolsas de estudo.
“Pra quem está se descobrindo agora, é importante conhecer suas raízes,” afirma Chesller Moreira, presidente do Grupo E-jovem. “E mais importante ainda saber que é possível ser feliz sendo exatamente quem você é. O jovem ouve tanto por aí que ser gay é errado que ele fica sem referências positivas. Aqui ele vai poder descobrir que ser gay é legal, que ser travesti é legal, e que ele tem muito a oferecer à sociedade.”
Todo o projeto é financiado por um convênio firmado entre o Governo do Estado de São Paulo e o Ministério da Cultura, que tem por objetivo apoiar entidades que desenvolvem relevante papel na comunidade nas áreas de fomento, difusão, produção e formação cultural. O GRUPO E-JOVEM foi selecionado por meio de concurso público e foi a única entidade LGBT contemplada em SP.
As matrículas e inscrições para bolsas de estudo já estão abertas e as aulas devem começar em março de 2010. Os interessados devem escrever para escola@e-jovem.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Campanha “NO H8” pelo casamento homoafetivo
"Acima está o vídeo de uma Campanha que está acontecendo nos Estados Unidos chamada “NO H8”, contra a decisão do Supremo Tribunal Americano que confirmou uma proibição do casamento gay na Califórnia, a tal "Proposta 8". O nome faz referência a tal proposta e falado rapidamente significa "sem ódio" (no hate).
No vídeo, muito bem feito por sinal, com uma mensagem simples e direta, participam Perez Hilton e Tila Tequila. As últimas celebridades que aderiram à Campanha, que tem como símbolo o escrito NO H8 no rosto e fita adesiva na boca, é o casal pop Ashlee Simpson e Pete Wentz.
site oficial da campanha...
http://www.
sábado, 5 de dezembro de 2009
Campanha irlandesa pelo casamento homoafetivo
Confira aí essa dica do Thiago Coacci, via lista de discussão do Gudds!:
P.S.: Para quem não entende inglês, o homem pergunta a cada pessoa que encontra se pode "pedir a mão de Sinead em casamento", ao que todos respondem que "sim, claro, não há problema". Ao final, a mensagem no vídeo diz: "Como você se sentiria se tivesse que pedir a 4 milhões de pessoas permissão para se casar?" e logo depois, "Lésbicas e Gays têm acesso negado ao casamento civil na Irlanda".
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Curso sensibiliza profissionais da saúde para o atendimento à população LGBT em todo o Brasil
Em parceira com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, promove o dia 11 de dezembro, o curso de Vigilância de Violências e Acidentes, VIVA, voltado para aos profissionais de saúde de todo o País. As capacitações serão realizadas no Ministério da Saúde, em Brasília. O evento não é aberto ao público.
A Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais da SEDH, por meio do assessor Francisco George de Lima Beserra , atua para sensibilizar os participantes no que diz respeito aos direitos de LGBT, buscando difundir uma cultura de paz e de respeito.
Criado em 2006, o curso que atende profissionais de todas as regiões do Brasil, tem sido adotado para a coleta de informações sobre acidentes e violências doméstica e sexual, atendidos nos postos da rede. Além de discutir, as diferenças e nuances no atendimento da população LGBT.
Para George, é importante conscientizar os gestores e profissionais de saúde que atendem diariamente pessoas em situação de violência. “As sensibilizações visam apresentar os direitos humanos da população LGBT e também orientar os profissionais para o atendimento”, afirma.
Nesta edição a temática, está direcionada para os Componentes de Vigilância Contínua (Viva Sinan) e a Estruturação da Rede de Atendimento e Proteção às Pessoas em Situação e de Violência.
“As sensibilizações extremamente importantes já que estão direcionadas a gestores e profissionais de saúde que atendem diariamente um grande número de pessoas em situação de violência”, afirma George. Segundo ele, as sensibilizações têm por objetivo apresentar os direitos humanos da população LGBT e também passar informações úteis para que os profissionais as utilizem durante os atendimentos.
Um grande abraço a tod@s.
Equipe
Coordenação Geral de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT
Nosso Endereço:
Esplanada dos Ministérios Bloco T
Ed. Anexo II Ministério da Justiça – Sala T-05
CEP: 70064-900 Brasília/DF
Nossos Telefones e e-mail:
+ 55 (61) 2025-3081
+ 55 (61) 2025-3080
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Homofobia e Geisy Arruda
Então, a nossa outra colaboradora, a Jane Badaró, resolveu colocar os pingos nos i's e não deixou barato: escreveu um super texto e remeteu, via e-mail, para o autor - veja a reprodução abaixo:
Olá,
E eis que o autor resolveu se manifestar também, respondendo à Jane... moço, valeu a atenção com o leitor, mas ó, não convenceu não, viu? Veja aí:
Oi, Jane. Sinceramente não censurei pessoas, apenas disse que execrar mulher bonita e boa é coisa de veado, que não gosta da fruta. Penso que quem não gosta da fruta não deve se sentir ofendido por conta disso. Não generalizei, não expandi aquele gesto idiota a todos os GLSs. Fico feliz pela atitude de vocês aí em Belô, porque é preciso coragem para opiniar e se manifestar publicamente sobre isso ou aquilo. As pessoas costumam ser extremamente intransigentes quando a oração não é rezada conforme sua cartilha. Abraço.
Moral da história? NÃO PODEMOS NOS CALAR JAMAIS! Parabéns pela iniciativa, Jane!
E por falar em mulheres...
O evento conta com a participação especialíssima de Sarah Vaz (a moça das sombrinhas lindas), com a oficina "Construção de Identidade Lésbica: Literatura, Moda, Artes e Cotidiano", que acontecerá no dia 12/12, às 9h.
Olha só a chamada:
A Associação Lésbica de Minas, fundada em 1997, tem por missão lutar contra toda forma de preconceito e discriminação à mulher e promover o empoderamento e a visibilidade lésbica.
Realizaremos no dia 11 e 12 de dezembro na Livraria Sobá, o IV Mulheres que Pintam e Bordam com o intuito de proporcionar um espaço de troca cultural e de formação para as mulheres, valorizando as expressões artístico-culturais de mulheres homoafetivas e aproximando-
ONDE: Livraria Sobá: Rua Rio de Janeiro, 1278 – Centro/BH – MG
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres!
Amanhã, dia 25 de novembro, a partir de 15h, os movimentos de mulheres farão um ato com concentração na Pça Sete pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.
O ato pretende ampliar o debate sobre as raízes que sustentam a violência contra a mulher, sensibilizar a sociedade e criar mecanismos de pressão para a garantia da liberdade das mulheres sobre seu corpo e sua vida, e pelos direitos já garantidos, mas ainda não todos efetivados.
Quem passar pela Praça Sete vai se deparar com mini-saias cor-de-rosa para relembrar e politizar o caso da aluna do Uniban, com cartazes-denúncia dos números de violência, com painéis para que os/as transeuntes expressem seus sentimentos e vivências em relação a violência.
um abraço
Manuela"
VI caminhada BH de Mãos dadas contra a AIDS
domingo, 22 de novembro de 2009
Saiu de saia? Então veja as fotos!
Confira os registros aí embaixo:
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Caso Igor Xavier: 8 anos de impunidade e manifesto por Justiça
No dia 17 de novembro, próxima terça-feira, acontecerá no Espaço político-cultural Gustavo Capanema – Galeria de Arte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais um espetáculo / denúncia em tributo ao bailarino Igor Xavier, assassinato brutalmente na cidade mineira de Montes Claros em 2002. Igor foi mais uma vítima na triste estatística dos crimes por homofobia. Os assassinos são réus confessos, mas até hoje estão impunes, tendo fugido para Belo Horizonte, onde residem sem serem incomodados pela Justiça(?).
Veja abaixo o manifesto por justiça convidando todos para o tributo. Confira a carta aberta de Marlene Xavier, mãe do artista, também fundadora da Associação Sociocultural Igor Vive, que promove oficinas e atividades culturais em Montes Claros.
Participe! Homofobia mata, diga NÃO a este crime!
Marlene e Mazinho Xavier, os pais do bailarino vivem um dilema, pois apesar de muita luta, juntamente com familiares, amigos da classe cultural e sociedade civil, até hoje o julgamento não se deu e os assassinos vivem em plena liberdade, sem em nenhum momento serem incomodados pela justiça e muito menos pela polícia.
No Tribunal de Justiça de Minas Gerais tramita de forma muito lenta o processo de número 1.0433.02.04478-1/001 no cartório da 1ª Câmara Criminal em Belo Horizonte.
Por não entender, nem concordar, com a lentidão desses procedimentos a família, juntamente com os amigos do bailarino Igor Leonardo Lacerda Xavier, criou há dois anos a Associação Sociocultural Igor Vive, para preservar a memória do bailarino e lutar por justiça.
E agendaram para o próximo dia 17 de novembro, as 20h, com entrada gratuita, no Teatro da Assembleia Legislativa, o espetáculo/denuncia TRIBUTO AO BAILARINO ASSASSINADO IGOR XAVIER, com participação dos artistas de Montes Claros e Belo Horizonte: Aroldo Pereira, Simone Xavier, Giovanne Sassá (Tambolele), Carluty Ferreira, Bob Marcilio, Jovino Machado, Danny Maia, Ronaldinho Pio, Rogerio Salgado & Virgilene Araujo, Carlos Faria, Marcio Levy, Gilberto de Abreu, Wagner Torres, Helena Soares, Carloman Bonfim, Jose Edward Lima, Clecius Rodrigues.
Os artistas, juntamente com os pais do Igor Xavier, perguntam: como vivem Ricardo e Diego, pai e filho, após terem cometido tão brutal assassinato? Será que esses cidadãos têm a consciência tranqüila? É verdade que o Diego Rodrigues Athayde Vasconcelos cursa Direito na PUC Minas em BH? O que os faz terem certeza de que nunca serão punidos? Por que a justiça não se pronuncia? É verdade que a banca de advogados os defende a peso de ouro e muita influencia política? Como a justiça permite tantos recursos com os quais eles, os assassinos, conseguem adiar seguidamente o julgamento?
Com esse evento em Belo Horizonte, onde o Igor Xavier também atuou na cena cultural na década de 1990, inclusive no elenco da peça de Roberto Drummond, “Hilda Furacão”, a Associação Sociocultural Igor Vive quer provocar a imprensa belorizontina a buscar algumas dessas respostas.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Saia de saia na sexta!
Atenção, pessoal!
Nesta sexta-feira 13 (oh!) o Brasil inteiro vai gritar de uma forma bem criativa contra o ato de violência cometido contra a estudante da UNIBAN Geisy Arruda: todo mundo vai sair de mini-saia!
Aqui em Belo Horizonte, a galera vai se reunir às 18h de sexta-feira lá na Praça da Liberdade. Traje obrigatório: mini-saia - não importa a cor, o modelo, nem se você é homem ou mulher. Basta colocar a saia e se juntar àqueles que também acreditam que o que aconteceu à estudante não pode passar em branco.
Envie este post aos seus amigos, dê Ctrl + C nele, cole num e-mail e envie para toda a sua lista de contatos, twitte a valer para todo mundo, mande SMS com a data e a hora do protesto, convoque seus colegas de escola e de faculdade, espalhe para Deus-e-todo-mundo, e não se esqueça:
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Caso UNIBAN - Moção de Repúdio
No último dia 22 Geisy foi vítima de uma violência sem precedentes. Centenas de estudantes se reuniram para agredir e insultá-la por trajar roupas consideradas como excessivamente curtas. Ao som de palavras como "puta" e "vadia", a moça se retirou da universidade com o apoio da polícia, uma vez que a instituição não reagiu de forma a conter a manifestação de ódio.
Como se não bastasse a inação da UNIBAN no momento do ocorrido, após alguns dias, a universidade publicou em diversos jornais da capital paulista um informe publicitário intitulado "A educação se faz com atitude e não complacência" confirmando a expulsão de Geisy sob os seguintes argumentos "a aluna tem frequentado as dependências da unidade em trajes inadequados, indicando uma postura incompatível com o ambiente da universidade". Acreditam, também, que a aluna deu causa ao protesto dos alunos, protesto esse que nada mais era que "uma reação coletiva de defesa do ambiente escolar.
"Não podemos aceitar que uma manifestação de intolerância de tal porte possa ser algo normal, aceitável ou até mesmo "em defesa do ambiente escolar". Um dos princípios basilares de toda universidade é o respeito com o outro e com a diferença. A academia é um lugar para repensarmos nossas ações e hábitos, questionar a realidade que nos cerca e tentar modificá-la para algo melhor, não é com ódio e incompreensão que esses objetivos serão alcançados.
Não vem ao caso os trajes que Geisy vestia, como ser humano que é não merece o tratamento pelo qual passou, mesmo a nudez, que é considerada como algo mais ofensivo, não é razão o suficiente para justificar represália do porte do ocorrido. Principalmente em se tratando de um país que se vangloria pelos biquínis minúsculos e demonstrações públicas de nudez no carnaval. Não conseguimos perceber como a escolha de uma roupa mais curta pode ter chocado um número absurdo de pessoas no campus e em todo o território nacional, o que deveria chocar é o preconceito e a sansão imposta à menina.
Afirmar que ao utilizar trajes sumários, a moça deu causa ao protesto dos alunos é um retrocesso e em nada se diferencia da alegação de que uma vítima de estupro provoca, através do uso de roupas curtas, a violência. A sociedade misógina e patriarcal impõe as mulheres demasiadas restrições de comportamento e indumentária sob pena de ser considerada vulgar, em pleno século XXI isso não pode mais ser aceito. A execração pela qual Geisy passou é claramente uma violência de gênero, uma tentativa de manutenção dos pilares machistas e heteronormativos em nossa sociedade sob o argumento de defesa da moral e dos bons costumes. Algo muito similar ao discurso utilizado por seitas religiosas radicais.
Os argumentos da expulsão de Geisy são moralistas e insustentáveis. Mais incompreensível ainda é o fato da vítima ser punida com uma pena mais grave que seus agressores que apenas foram afastados da universidade por um curto período de tempo.
Esperamos que Universidade Bandeirante reveja seu posicionamento e que esse fato fique marcado na história para lembrar-nos que a luta das mulheres ainda não acabou, há muito que se fazer para conquistar uma sociedade mais igualitária, sem violência de gênero.
8 de Novembro de 2009
Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual - Gudds!
sábado, 7 de novembro de 2009
1º Encontro Carioca de Jovens LGBT
Os projetos Entre Garotos e Laços e Acasos convidam tod@s para o 1º Encontro Carioca de Jovens LGBT. O evento será realizado na Sede da Prefeitura do Rio de Janeiro - Rua Afonso Cavalcanti, 455 - Cidade Nova, nos dias 26 e 27 de novembro. As atividades se acontecem o dia todo. Haverá café da manhã e almoço. E tudo isso de graça. As inscrições estão abertas até o dia 20 de novembro na internet.
O encontro é feito por jovens para os jovens. O objetivo é construir um espaço para a nova cara da militância LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgênicos)
Para a realização do evento, algumas parcerias foram estabelecidas e consolidadas no município do Rio de Janeiro. Fazem parte da organização do evento os projetos Entre Garotos e Laços e Acasos, desenvolvidos pelo Grupo Arco-Íris (GAI) e a Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Saúde.
No 1º Encontro Carioca de Jovens LGBT realizaremos debates sobre o empoderamento da juventude, dinâmicas de trocas de debate, atividades culturais, oficinas de arte e grupos de trabalho sobre os diversos temas que transpassam nossas demandas. Contamos com a participação de todos os jovens interessados em contribuir com esse processo. Faça parte você também da construção de uma rede de jovens LGBT na sua cidade.
As inscrições são limitadas, gratuitas e devem ser feitas através da FICHA DE INSCRIÇÃO ONLINE até o dia 20 de novembro ou até a lotação. As confirmações serão enviadas por e-mail até o dia 22 de novembro. É necessário habilitar a caixa de e-mail para receber e-mail de entregarotos@
Serviço:
1º Encontro Carioca de Jovens LGBT
Data: 26 e 27 de novembro (quinta e sexta-feira) das 8h30 às 17h
Local: Sede da Prefeitura do Rio de Janeiro - Rua Afonso Cavalcanti, 455 - Cidade Nova
Inscrição: FICHA ONLINE
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Homofobia na Marcha Nico Lopes - a UFV responde
Não podemos ficar calados - o reitor da UFV já se manifestou a respeito do ato homofóbico ocorrido na Marcha Nico Lopes. Veja só:
Prezados Estudantes,
Estou tomando conhecimento,neste momento, do lamentável e inaiceitável ato de homofobia ocorrido durante a Marcha Nico Lopes. Gostaria portanto de esclarecer que se soubesse do incidente antes da minha fala no ato realizado na avenida Santa Rita teria deixado claro meu repudio ao mesmo, o que faço agora. A Homofobia, além de ser um crime é em todos os sentidos um ato que não podemos admitir na sociedade, e muito menos na Universidade Federal de Viçosa.
No que se refere ao caráter da Marcha Nico Lopes, tenho o entendimento que é um espaço de luta política, o que tenho manfestado por reiteradas vezes. No entanto, o respeito que tenho pelo movimento estudantil, demanda, da mesma forma que faço com o movimento dos servidores e professores, respeito pelo que é organizado pelo órgãos representativos dos segmentos. Cabendo a reitoria o apoio estrutural possível, que este ano, por ser a comemoração dos 80 anos da Marcha, entendemos que a programação cultural, com a presença de Alceu Valença, faria justiça a essa manifestação estudantil tão importante para Viçosa e para o País.
Ao finalizar reitero, mais um vez, o meu repudio ao ato de Homofobia aqui relatado.
Luiz Cláudio Costa
Reitor da UFV
Stay tunned, pessoal!
Homofobia na Marcha Nico Lopes
Tem gente que não pode ver algo dando certo que tem que atrapalhar, né?
Veja só o que alguns estudantes homofóbicos fizeram na Marcha Nico Lopes... Sorte que o Primavera nos Dentes estava lá para gritar - veja abaixo a carta redigida por eles.
E aí, vamos ficar calados? Claro que não! Repasse, discuta!
HOMOFOBIA EM MARCHA ESTUDANTIL DA UFV
No último sábado, dia 31 de outubro, uma bandeira do Orgulho Gay foi queimada por, segundo testemunhas, três estudantes universitários durante o evento Marcha Nico Lopes 2009, organizado pelo Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Viçosa. O DCE-UFV, responsável pela marcha, que deveria possuir caráter essencialmente político, foi informado por três vezes sobre o ocorrido e nada fez.
A bandeira foi levada à Marcha Nico Lopes por integrantes do bloco “Viçosa grita contra a homofobia: pode ser seu pai, sua mãe ou sua tia”, organizado pelo grupo de diversidade sexual Primavera Nos Dentes. Em determinando momento, a bandeira foi exposta no trio elétrico contratado pelo DCE-UFV, com a anuência deste. Alguns minutos adiante, a bandeira se soltou de onde estava presa e, segundo relatos de outros estudantes que estavam por perto, três universitários atearam fogo na bandeira, enquanto faziam comentários homofóbicos como “aqui não é lugar para isso” e “aqui não é Juiz de Fora”, cidade referência na Zona da Mata de Minas Gerais pela visibilidade dos espaços destinados à população LGBT. O ato, de flagrante homofobia e tolhimento da participação da camada LGBT no evento político Marcha Nico Lopes, foi filmado por pessoas presentes no momento. O grupo de diversidade sexual Primavera Nos Dentes foi informado do acontecido pouco depois e imediatamente se dirigiu ao DCE-UFV, que nada fez a respeito. O DCE-UFV foi procurado por mais duas vezes, na figura de duas pessoas diferentes, e permaneceu em silêncio. O que sobrou da bandeira queimada foi resgatado pelo grupo Primavera Nos Dentes, mas, na promessa de explicitar o acontecido, foi entregue ao DCE-UFV, que permanece com ela até então.
A Marcha Nico Lopes, que chegou este ano à sua 80ª edição, até o ano passado vinha resgatando seu caráter original político-combativo, que a tornou referência no movimento estudantil mineiro e deu visibilidade ao bloco contra a homofobia em 2008. Contudo, este ano a gestão “Com a cara do estudante” do DCE-UFV optou por um formato que acarretou em um esvaziamento do debate político, ao valorizar mais a cerveja liberada e o axé do trio elétrico do que as pautas políticas presentes nos blocos. Ao final da Marcha Nico Lopes 2009, o evento, mesmo com a perda de seu caráter político, foi referendado pelas falas do Reitor da UFV, do presidente da União Nacional dos Estudantes, dentre outras autoridades. E mais uma vez não se tocou no assunto da bandeira queimada.
O grupo de diversidade sexual Primavera Nos Dentes acredita que o fato explicita a importância de uma organização LGBT dentro da UFV e pede o apoio de tod@s em mais este triste episódio no combate à homofobia universitária.
Dessa forma, viemos a público manifestar nossa indignação diante da homofobia ocorrida dentro da Marcha Nico Lopes da UFV, bem como pedir apoio na publicização dos fatos e no envio de manifestações de repúdio aos organizadores do evento e autoridades da Universidade Federal de Viçosa.
Indignad@s,
Primavera Nos Dentes
Grupo de diversidade sexual da UFV
"A Diversidade Sexual Narrada pela Fé: O mundo é mais que azul e rosa!"
Exibição do filme "Assim me diz a Bíblia" e bate-papo aberto sobre
"Homofobia e Cristianismo" com o Padre Jesuíta Luiz Correa Lima SJ.
14 de Novembro -16 horas
Belo Horizonte
(clique para ver o cartaz maior)
Vamos combinar uma coisa? Quem for, manda pra gente como foi o evento! =D
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
"Os novos negros"
Mas, ai de Adriano, se ele fosse gay.
No sábado passado, espremido no Maracanã ao lado de meu filho mais velho e outras 57 mil pessoas, fui ver um jogaço, Flamengo 2 x 1 São Paulo, de virada, um espetáculo de futebol. Quando o time do São Paulo entrou em campo, as torcidas organizadas do Flamengo, além de milhares de outros torcedores avulsos, entoaram, a todo pulmão: “Veados, veados, veados!”. Daí, o painel eletrônico passou a anunciar, com a ajuda do sistema de autofalantes, a escalação são-paulina, recebida com as tradicionais vaias da torcida da casa, até aí, nada demais. Mas o Maraca veio abaixo quando o nome do volante Richarlyson foi anunciado: “Bicha, bicha, bicha!”. E, em seguida: “Bicharlyson, Bicharlyson!”. Ao longo da partida, bastava que o são-paulino tocasse na bola para receber uma saraivada de insultos semelhantes. No ápice da histeria homofóbica, a Raça Rubro Negra, maior e mais importante torcida do Rio, e uma das maiores do Brasil, convocou o estádio a entoar uma quadrinha supostamente engraçada. Era assim:
“O time do São Paulo/só tem veado/o Dagoberto/come o Richarlyson”.
Richarlyson virou alvo da homofobia esportiva brasileira, com indisfarçável conivência de cronistas esportivos, jornalistas e colegas de vestiário, a partir de 2005, quando fez uma espécie de “dança da bundinha” ao comemorar um gol do São Paulo, time que por ser oriundo do elitista bairro do Morumbi acabou estigmatizado como reduto homossexual, ou time dos “bambis”, como resumem as torcidas adversárias. A imprensa chegou a anunciar o dia em que Richarlyson iria assumir sua homossexualidade, provavelmente numa entrada ao vivo, no programa Fantástico, da TV Globo – o que, diga-se de passagem, nunca aconteceu. Desde então, no entanto, o volante nunca mais teve paz. No Maracanã lotado, qualquer lance que o envolvesse era, imediatamente, louvado por um coro uníssono e ensurdecedor de “veado, veado, veado!”. Homens, mulheres e crianças. O atacante Dagoberto entrou de gaiato nessa história apenas porque, com Richarlyson, forma uma eficiente dupla de ataque no São Paulo.
Agora, imaginem se, no Morumbi, a torcida do São Paulo saudasse o atacante Adriano, do Flamengo, aos berros de “macaco, macaco, macaco!”, apenas para ficarmos nas analogias retiradas do mundo animal. Ou, simplesmente, entoasse uma quadrinha do tipo criada para a dupla Dagoberto/Richarlyson, dizendo que no Flamengo só tem crioulo, que Adriano enraba, sei lá, o Petkovic. O mundo iria cair, e com razão, porque chegamos a um estágio civilizatório onde o racismo tornou-se motivo de repulsa, mesmo em suas nuances tão brasileiras, escondidas em piadas de salão e ódios de cor mal disfarçados no elevador social. Usa-se, no caso dos gays, o mesmo mecanismo perverso que perdurou na sociedade brasileira escravagista e pós-escravagista com o qual foi possível transformar em insulto uma condição humana que deveria, no fim das contas, ser tão somente aceita e respeitada. Assim, torcedores brasileiros chamam de veados os são-paulinos em campo como, não faz muito tempo, nos chamavam, os argentinos, de “macaquitos”, em pleno Monumental de Nuñes, em Buenos Aires, para revolta da nação.
Quando – e se – a lei que criminaliza a homofobia no Brasil, a exemplo do racismo, for aprovada no Congresso Nacional, será preciso educar gerações inteiras de brasileiros a respeitar a sexualidade alheia. Espero, a tempo de recebermos os atletas que virão às Olimpíadas de 2016, no Rio, provavelmente, no mesmo Maracanã que hoje se compraz em xingar Richarlyson de veado. Por enquanto, a discussão sobre a lei está parada, no Brasil, porque o lobby das bancadas religiosas teme abrir mão de um filão explorado por fanáticos imbuídos da missão de “curar” homossexuais, ou de outros, para quem os gays são uma aberração bíblica passível, portanto, da ira de deus.
Nos jornais de domingo, nem uma mísera linha sobre o assunto. Das duas uma: ou é fato banal e corriqueiro, logo, tornado invisível aos olhos das dezenas de repórteres enfiados na tribuna da imprensa do Maracanã; ou é conivência mesmo."
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Convite: Nico Lopes - Viçosa, 31/10
Será dia 31 de outubro (sábado), com concentração a partir do meio-dia.
A marcha (com trio elétrico) seguirá pela reta da UFV, passará pela PH Rolfs e vai até a estaçãozinha do balaústre.´
Depois da marcha, show do Alceu Valença no estacionamento do PVB. Tudo de graça."